
O projeto de Luiz Marino Kuller foi classificado para o Prêmio bim.bon 2014. Conheça os vencedores.
“Solução bastante elegante tem a varanda como ponto positivo.”
- comentários do Júri do Prêmio bim.bon | arquitetura brasileira 2014



Proposta para um residência industrializada
Acreditamos que não é necessário que uma construção industrializada tenha necessariamente uma estética tecnológica ou futurista que ateste de maneira óbvia sua diferença em relação aos sistemas tradicionais.
Tampouco que, por outro lado, tente mimetizar artificialmente estilos do passado na tentativa fracassada de provar que o sistema industrializado é capaz de conseguir os mesmos resultados que o convencional.
Se a diferença no raciocínio construtivo condia a novas experimentações formais, estas não precisam estar descoladas totalmente da cultura do lugar, dos ambientes e usos tradicionais, da sabedoria construtiva e suas soluções de conforto ambiental.
A varanda como elemento integrador
Uma das soluções mais tradicionais da arquitetura brasileira, a varanda como interface entre a área interna e externa da construção foi apropriada historicamente como um dos ambientes de permanência mais valorizados pelas pessoas, por proporcionar o visual da natureza do entorno, o acesso aos ventos e brisas refrescantes nos dias de calor, e contato com a vizinhança e o movimento da rua.
A proposta apropria-se deste espaço tornando-o o elemento principal do projeto. Salas e quartos voltam-se para ela, configurando uma circulação e um espaço externo integrador.
Diversas possibilidades de uso configuram-se ali: ganchos para armar redes de balanço convidam ao descanso da tarde ou a uma boa leitura, a churrasqueira integrada à sala de jantar possibilita reunir os amigos para uma refeição ao ar livre.
Sustentabilidade
Além do seu valor de uso e social, a varanda funciona como um anteparo muito eficiente contra os raios solares excessivos, melhorando o conforto térmico dos ambientes internos.
Serve também para proteger da água da chuva as divisórias internas da construção, feitas de steel frame e revestidas de gesso acartonado, que são menos resistentes à umidade se comparadas a paredes de alvenaria convencionais.
O revestimento em telha metálica com isolante, que envolve toda a construção, contribui na mesma medida que a varanda para o conforto térmico da construção e para a proteção das divisórias internas contra a chuva.
Além das estratégias de controle solar e conforto térmico, a proposta também possibilida a captação das águas da chuva e reuso das águas servidas para abastecimento das descargas e torneiras externas.
A instalação de aquecedores de água solares e painéis fotovoltáicos para a geração de eletricidade reduzem consideravelmente o consumo de energia.
Também no tratamento dos resíduos da obra e na escolha de materiais e insumos com baixo consumo energético e potencial de reciclagem, a proposta busca minimizar seu impacto ambiental.
Como diretriz, todos os equipamentos elétricos instalados posteriormente devem possuir classificação A no selo Procel. Lâmpadas fluorescentes, que possuem melhor desempenho, vida útil e baixo consumo de energia também devem ser priorizadas. As torneiras de pias e lavatórios devem utilizar aerador para reduzir o gasto de água desnecessário.
A Casa 10 x 10 de Luiz Marino Kuller utiliza produtos das empresas do estado de Minas Gerais. Conheça abaixo as marcas e os produtos:
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* texto do arquiteto
imagens Divulgação