Luxuosas ou simples, em condomínio ou isoladas, de madeira, concreto ou aço, as casas flutuantes são uma alternativa de moradia curiosa, mas de charme incontestável.
A ideia surgiu como uma resposta às frequentes inundações que ocorrem em países como Holanda, Austrália e Estados Unidos. Hoje, as condições de habitação em cima d’água estão muito melhores e, assim, despertaram o interesse de vários cidadãos em morar nesses endereços que balançam.
Embora a ocupação das águas seja pouco comum no Brasil, alguns locais já adotaram essas instalações. Na Amazônia, por exemplo, o hotel Amazon Jungle Palace optou por construir toda a sua estrutura em cima do Rio Negro.
A primeira questão, de caráter técnico, é: como essas arquiteturas se estruturam?
Sem truques de mágica, essas construções são erguidas sobre uma estrutura de aço tubular – similar às usadas em balsas. Isso garante que a habitação se mantenha estável e sempre flutuante, esteja a maré vazia ou cheia.
A ideia parece bem divertida, de fato, e dois pontos principais podem ser destacados como benefícios dessas casas: podem ser uma solução tanto para a escassez e o alto preço de terrenos urbanos quanto para enchentes.
É bastante evidente a falta de espaço e o alto custo da terra em grandes metrópoles. Está cada vez mais difícil encontrar um terreno com infraestrutura completa a custo acessível para abrigar uma casa. Assim, cidades costeiras podem apostar nessas moradias marítimas para aproveitarem melhor sua infraestrutura urbana.
O segundo ponto é que as moradias sobre a água representam uma possível solução para as frequentes enchentes em áreas habitacionais. Como as casas flutuantes são erguidas sobre um sistema capaz de nivelar a construção com a água, é possível que elas se mantenham estáveis tanto na maré cheia quanto na baixa.
Um renomado escritório de arquitetura do Reino Unido, Carl Turner’s Architects, desenvolveu um projeto sustentável para uma casa flutuante no qual a ideia era criar um ecossistema condensado similar a um barco no oceano.
A arquitetura da casa funciona assim: um caixa de madeira com isolamento de borracha assentada sobre uma bandeja flutuante de 20 por 7 metros, com fechamento de dois painéis laterais. Esses painéis servem de apoio para placas fotovoltaicas que, quando em contato com a luz, são capazes de criar uma corrente elétrica. Assim, a casa gera sua própria energia elétrica e aquecimento da água.
No Brasil, já existe uma legislação específica para regularizar esse tipo de habitação. Os interessados têm de apresentar um projeto assinado por um engenheiro, além de registrar a residência na autoridade marítima local.
Uma casa flutuante ainda tem um custo um pouco mais elevado do que as moradias convencionais. Isso se deve exclusivamente à baixa demanda desse tipo de projeto. Uma casa com um quarto, sala, cozinha e banheiro custa, em média, 110 mil dólares nos Estados Unidos.
imagens via Tecmundo, Holland, O Globo, Dw, Designboom, Archdaily, Archtizier, Inhabitat
Comentários
Blog da Engenharia | O primeiro blog de engenharia | BDE Explica: como funcionam as casas flutuantes
19/11/2017
[…] Casa flutuante projetada pelo Arquiteto Londres Carl Turner, no Reino Unido. (imagens extraída de Dezeen) Modelo de sustentação para casas flutuantes.(imagens extraída de Hometeka) […]
Ângela camargo
30/01/2018
Aliguem pode me ajudar quero construir uma casa flutuante de dois andares com móveis e garagem para um barco e um gipe morada para 8 pessoas taleves uns visitastes ela tem 15×15
Como saber quantos tambores usar e o material mais adequado para ser seguro
Agradeço se ouve alguma resposta
paulo
05/09/2018
Ola Ângela. Tudo depende do você quer. tipo materiais, local,investimento etc. A quantidade de tambores e ou sustentação tem a ver tambem com materiais , local e quanto você tem ou quer investir pois numa casa tudo é possivel da para utilizar varios tipos de materiais dos mais variados preços. at. Paulo