“O projeto dos seus sonhos agora cabe no seu bolso.” Com este lema, nasceu a Arquitetura do Barreto, empresa criada pelo arquiteto Márcio Barreto para desenvolver projetos de baixo custo voltados para a classe C.
Márcio é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia. Logo depois de se formar, começou a trabalhar em uma multinacional e tornou-se responsável por grandes projetos nos escritórios da empresa no Norte e Nordeste do país.
Só que, desde a faculdade, Márcio entendia a importância de sua profissão como algo maior do que isso. Então, decidiu fundar o próprio negócio e usar sua formação e experiência como arquiteto para ajudar as classes menos favorecidas.



Segundo Márcio, o arquiteto é o responsável por levar conforto, estética e funcionalidade aos ambientes, e todos deveriam ter acesso a isso.
Assim, o projeto funciona de maneira rápida e simples. A pessoa recebe o arquiteto em casa e fala qual ambiente deseja reformar. Na mesma hora, o profissional começa a desenvolver o projeto conceitual com imagens 3D e envia tudo digitalizado para o cliente ao terminar – essa consultoria dura cerca de duas horas e custa apenas R$ 300.
Além da consultoria, a empresa também pode fazer o projeto executivo, layout da planta baixa, planejar a demolição, construção, lista de materiais, pontos elétricos e todos os outros processos necessários para tirar o projeto do cliente do papel.


A participação do cliente, suas necessidades e condição financeira são prioridades para a Arquitetura do Barreto. Além disso, Márcio contou ao Correio 24 Horas que preza pelo bom uso de cada espaço, buscando seguir de forma correta a tendência do “menos é mais”:
“Famílias com menor poder aquisitivo têm adquirido apartamentos cada vez menores (…) e acabam ocupando o tão sonhado ‘lar doce lar’ de forma equivocada, comprando móveis de dimensões erradas, fazendo obras sem o reaproveitamento de materiais e, diante de retrabalho e mais retrabalho, acabam tornando o seu sonho um pesadelo.”
Com isso, a ideia dos projetos econômicos de Barreto é que os clientes não paguem muito para ter um espaço menor, mas gastem menos para ter esse espaço bem construído, otimizado e decorado.


O ambiente mais reformado pela empresa é o quarto de bebê. Além do fator emocional, Márcio contou que a complexidade do projeto para esse cômodo motiva a contratação, visto que inserir móveis de dimensões diferentes – como berço, trocador e poltrona de amamentação – é um exercício de criatividade que só um profissional pode resolver.
Depois do quarto do bebê, os sanitários e lavabos são os mais pedidos pelos clientes, seja em apartamentos novos ou usados.
São ideias como a do Márcio que ajudam a realizar o potencial de transformação social que a arquitetura possui. Com projetos simples e inovadores, a Arquitetura do Barreto mostra que não é (ou pelo menos não deveria ser) necessário ter um alto poder aquisitivo para cuidar bem da sua casa, afinal, todo mundo merece ter serviços de qualidade para viver melhor :)
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imagens e informações Divulgação
Comentários
ANTONIO
25/05/2016
Também preso pela socialização dos serviços de engenharia e arquitetura …
Parabéns pela iniciativa…..
Camila Toledo
26/05/2016
Excelente iniciativa! É o resgate da responsabilidade social e do potencial transformador da arquitetura e design!
MARCELO
27/05/2016
Parabéns pela iniciativa, também procuro ajudar os menos favorecidos… Porém fica uma dúvida: Esses ambientes das fotos são de imóveis de pessoas da classe C? Se forem, o arquiteto neste caso tem mais um título: MÁGICO!!!
Vera Matos
30/05/2016
Parabéns! Excelente iniciativa, irá proporcionar a classe C uma oportunidade única.
leafbr
02/06/2016
Classe C? Essas imagens? Em que País vocês estão? Me fala que eu vou para lá viver na classe C.
Rosângela
21/06/2016
Parabéns pela iniciativa, você está ajudando na realização de sonho de muita família
natalia
30/06/2016
Muiuto interessante! Esse é meu sonho. Ter um apartamento, dentro de minhas possibilidades, com dicas de um arquiteto pra otimizá-lo. Vá em frente. Acredite em dar sua parcela de contribuição pelo um mundo melhor. Aos negativos ? Inspiração.
Apocalipse Motorizado
04/07/2016
leafbr acabou de se descobrir na classe D
JULIO NOVELLINO
18/07/2016
Se a moda pega, teremos Arquitetos cobrando uma ninharia pelos serviços . A classe não está sendo remunerada à altura e isso é preocupante.
Mesmo ocioso, eu deixo de pegar projetos com valores baixos e injustos, pois, estudei 5 anos em uma Universidade, virando noites e noites fazendo trabalhos da grade curricular e depois de muita ralação, só então me formar.
Hoje qualquer faz tudo (encanadores, pintores, etc.), não cobra menos de R$200,00 por uma hora de trabalho . Eu não posso cobrar valores muito baixos, para não depreciar ainda mais os ganhos dos Arquitetos que já são mal remunerados aqui no Brasil.
Josiane
19/10/2016
Parabéns pelo seu trabalho, mt gente hj faz tudo por dinheiro não pensa em ajuda o próximo, sei que não é fácil, mais acredite vc vai ajuda muita gente ainda, nem todos tem condições de pagar um arquiteto, A sua atitude foi maravilhosa.
Mirela Mattos
09/12/2016
Julio, tem uma matéria desse arquiteto no p´roprio site do CAU, que analisou todos os termos desse serviço que ele oferece e entendeu que ele faz um serviço à sociedade. A arquitetura não é acessível para pessoas de baixa renda. Nem todas as pessoas gostam de trabalhar com arquitetura de grife. E tenha certeza de que ele não está tirando os seus clientes e nem os meus, pois o cliente dele jamais seria meu ou seu. Arquitetos não são mal remunerados por causa pessoas como o Barreto, e sim pelas práticas absurdas de cobrar muito pouco porque ganha 300% nas RTs.
Claudia
18/04/2017
Bela iniciativa, parabéns, muita gente de classe C sonha em ter dicas para deixar o lar aconchegante
Marluce Sant’Anna
30/09/2017
Mirela Mattos, aplausivo o seu comentário!!! Concordo perfeitamente com você!
Amanda
21/12/2018
Pensei nisso também, ou ele pegou imagens de projetos Classe A e B e se equivocou ou não vive no Brasil.
Paulo Lopes
08/04/2019
Excelente iniciativa. Tenho um projeto parecido, más que envolve também a mão de obra e material.